E com o anoitecer, Daisy despedia-se do seu passado, lembrando-se de sua mãe que havia ficado para traz ao choro que se confundia com a separação e alivio de não ser aquela que precisava dispor-se a criar a filha no estado que se encontrava. Encostava a cabeça sobre o vidro e via as faixas da estrada traçarem o caminho para o instituto enquanto tentava limpar as lagrimas que fatalmente escorriam por seu rosto enquanto o pai dirigia e a noite ia entrando na madrugada. Ele ligou o radio em uma tentativa de romper com o silencio ao notar que a filha ainda tinha os olhos abertos parados na estrada pra o desconhecido e já não tinha lagrimas que escorressem murmurando baixinho a melodia em seu ritmo.
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- Gosta dessa musica? A questionou.
- Um pouco. Virava apenas o olhar para ele respirando um pouco mais fundo e respondendo ainda em tom baixo. – Gosto mais quando minha mãe canta para mim. Olhando para o pai em to de reprovação. – Ela vai ficar bem sozinha não vai? Estava realmente preocupada com a situação em que a mãe havia ficado.
- Ela ira ficar bem minha flor, não prometi para você que pagaria os melhores médicos para ela? Desviava o olhar rapidamente da pista para ela mas mantinha-se focado.
Ela virou-se novamente para pista em sinal de que não sentia mais vontade de falar, fechou os olhos para impedir a tentativa do pai de qualquer conversa, fingindo dormir. Logo adormeceu ao som da musica e só acordou quando o sol da manha bateu em seu rosto, colocou levemente a mão fazendo sombra enquanto o pai notando seu despertar a cumprimentou.
-Bom dia querida já da pra ver o instituto daqui. Apontava enquanto a filha por reflexo olhava procurando no horizonte qualquer castelo histórico que imaginava ser seu novo lar. Quando conseguiu focar algo sentiu um leve frio na barriga e a ansiedade tomar seu corpo.
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- Não há algum lugar para pararmos antes? Não quero chegar la assim nesse estado. Sentia-se totalmente insegura com a nova condição. O pai por sua vez parou em uma hospedaria ali perto e desceu.
- Eu vou ficar por aqui essa noite, a viagem foi longa e preciso descansar. Observava a filha com certo zelo. - Fique calma. Ele sorria tentando acalmar a menina que trazia no rosto a marca do nervosismo. – Nós vamos para lá as sete. O horário que foi agendado para sua chegada, arrume-se e prepare-se. Tocou o ombro dela com firmeza e beijou o rosto. – vai dar tudo certo.
A menina, entretanto, sentiu-se mais nervosa com aquele alento. Sentia que o momento da despedida se aproximava e aquilo a fazia sentir uma dor profunda no estomago. Entrou para a casa que serviria de estadia para o pai e caminhou com ele calada até os aposentos. Tirou o uniforme da mala e colocou sobre a cama e preparou-se para ir... Horas mais tarde despedira do pai ali mesmo na hospedaria e pegou um taxi para o colégio descendo então próxima aos campos verdes do Instituto.